“Dar-te-ei graças
na grande congregação, louvar-te-ei no meio da multidão poderosa” – Sl 35:18.
O culto congregacional deve ser visto como o momento de
grande celebração ao Senhor. Quando a Igreja se reúne para esta celebração, os milagres
acontecem porque Deus habita no meio dos louvores (Sl 22:3).Deve haver sempre
uma disposição para ministrar e uma expectativa quanto ao que o Senhor vai
fazer. Assim, a equipe musical deve estar em condições de cumprir com o
propósito divino em cada reunião e de profetizarem através da música. Para isso
é necessário:
1- Capacitação
espiritual e musical. (Sl 33:1; I Cr 25:1).
Ter a capacitação espiritual significa ser e estar
habilitado pelo Espírito para prestar serviço digno a Deus e aos seus santos. O
objetivo é profetizar na medida em que os ministérios estão instruídos e aperfeiçoados
no canto do Senhor. O alvo é edificar, consolar, encorajar, curar, restaurar o
povo. Por fim, este serviço implica no compromisso de meditação, oração e
jejum, bem como do estudo e ensaio musical, vocal e instrumental: “O número
deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto do Senhor, todos eles
mestres...” (I Cr 25:7).
2- Sensibilidade ao
Espírito Santo. (Jr 15:19; Rm 8:14 e 16).
O trabalho de música é um trabalho que mexe com as emoções
humanas. O músico tem o poder de influenciar e até manipular as pessoas através
da música.Quando o músico não é sensível ao Espírito, certamente as pessoas se
desviarão do alvo divino com relação à música e louvor. Porém, o músico cristão
controlado pelo Espírito é um instrumento de grande utilidade neste serviço:
“Ora, pois, trazei-me um tangedor. Quando o tangedor tocava, veio o poder de Deus
sobre Eliseu” (II Rs 3:15).O Espírito terá liberdade para indicar o próximo ato
na reunião, ou seja, um cântico, uma oração, cura etc.
3- Discernir o
ambiente do culto. (At 16:16-18; I Co 2:9-16).
O discernimento espiritual do ambiente é muito importante.
De acordo com o que for discernido é que vamos acertar ou errar na ministração
durante o culto. Podemos cantar um bom cântico no momento errado e isso será
prejudicial. A responsabilidade é muito grande! Por isso dependemos totalmente
do Espírito para agirmos corretamente. Ele vai nos orientar sobre o que fazer e
como fazer: “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o
Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado
gratuitamente” (I Co 2:12).
4- Conhecer os
cânticos. (I Cr 25:7).
É óbvio que aqueles que tocam e cantam devem conhecer as
músicas. É importante que a equipe tenha como alvo o aprimoramento e
entrosamento musical. Isto dará condição de fluírem harmoniosamente nas ministrações.
É preciso também que haja um perfeito entrosamento entre os músicos e o
dirigente. Todos precisam conhecer o tema, a tonalidade e o ritmo de cada
música para que a ministração se desenvolva crescente e graciosamente.
“Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo” (Sl 33:3).
5- Preparação. (Sl
34:1; I Cr 16:1-2).
Este ponto é fundamental. A preparação espiritual é a chave
de uma ministração inspirada e ungida. Sinto a necessidade de insistir nesta
questão. O primeiro e principal ministério do músico é o ministério do altar.
Se alguém não tem esse ministério, em realidade, não tem nenhum. Tudo o que
fizer soará falso e superficial. Pode haver coisa mais cansativa que um músico
que toca ou canta e nada mais? Quanto tempo devemos usar nos preparando?Davi
responde-nos: em todo tempo! “Filhos meus, não sejais negligentes; pois o
Senhor vos escolheu para estardes diante dele para o servirdes, para serdes seus
ministros e queimardes incenso” (II Cr 29:11).
Conclusão:
Quero concluir dizendo que o sucesso da ministração do
louvor no culto acontecerá através da base que acabamos de estudar. Não
obteremos os resultados que desejamos em nossos cultos, se realmente não tivermos
as pessoas qualificadas para este fim. Não existe um segredo e nem uma técnica
especial para dirigir uma reunião.
Os atos numa reunião não mudam muito, ou seja, normalmente
cantamos, batemos palmas, levantamos as mãos, unimos as mãos, oramos, nos
abraçamos etc. Parece até uma repetição, reunião após reunião. Tudo isso pode
se tornar monótono e cansativo se faltar o principal, que é justamente a
dinâmica resultante da unção do Espírito.
Esta unção ocorre quando os ministros são realmente
qualificados, conforme já vimos. O fazer é produto do ser. Ministramos de
acordo com o que somos. Neste caso, a identidade é fundamental: “Vós também,
como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para
oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (I Pe
2:4).
Quem ministra através da música deve estar sempre preparado
para fluir através da dinâmica do Espírito. Portanto, a dinâmica a que me
refiro é uma Pessoa, e esta Pessoa é o Espírito Santo.
Firmemo-nos no compromisso de conhecê-lo melhor a cada dia
(Jo 7:37), para que Ele realize em nós e através de nós uma grande obra: “Mas,
quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade;
porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há de vir.
“Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e
vo-lo há de anunciar” (Jo 16:13-14). “Não que sejamos capazes, por nós, de
pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus. O
qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento...” (II Co
3:5-6).
Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra
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